Caros Leitores
Vocês
sabem como deve se dirigir a uma pessoa com deficiência?
Por
aqui vocês já podem perceber como eu escrevi: Pessoas com Deficiência. Estes e
outros termos mudaram para que possamos nos dirigir da melhor maneira
possível e não soar como pejorativo a maneira como nos referirmos e
dirigirmos ao falar ou chamar com uma
pessoa com deficiência.
Para
começar não devemos mais chamar pessoas portadoras de deficiência e
sim Pessoas com deficiência. O tema “portador”
acaba dando significado ao indivíduo
como se a deficiência
fosse sua “marca” e isso fortalece sua discriminação e também o termo “necessidades
especiais “também se torna impróprio, pois
todos têm necessidades especiais,
tendo ou não alguma deficiência.
Sendo
assim, no dia 6 de julho de 2015 foi instituída a lei nº13.146,vista como a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência, também conhecida por
Estatuto da Pessoa com Deficiência
,reconhecida por ter substituído a
expressão “portador de deficiência “por uma terminologia mais humanista.
A
seguir vou listar a terminologia correta para conhecerem mais e saberem se
dirigir.
Surdo: alguém que tem perda total
da audição.
Surdo (com
a primeira letra em maiúscula): utiliza-se dessa forma ao se referir a alguém
com perda auditiva que faz parte da Comunidade Surda e utiliza a língua de
sinais como sua língua-mãe.
Deficiente
auditivo: usado para qualquer pessoa com perda auditiva,
mas mais comum utilizar este termo para quem tem algum resíduo
auditivo ou que ouve alguma coisa através de aparelhos ou implantes auditivos.
Embora o termo deficiente, como sujeito, deva ser preferencialmente substituído
por “pessoa com deficiência auditiva”.
Ouvinte:
Para pessoas que não tem nenhuma perda auditiva e não precisam de aparelhos
para ouvir, ou seja, mesmo se uma pessoa com perda auditiva volte a escutar,
ela não pode ser considerada um ouvinte.
Surdo oralizado/surdo usuário da língua portuguesa: pessoas com perda auditiva que utilizam a voz como principal forma de comunicação e podem ser auxiliados pela leitura labial e o uso de aparelhos ou implantes auditivos.
Surdo oralizado/surdo usuário da língua portuguesa: pessoas com perda auditiva que utilizam a voz como principal forma de comunicação e podem ser auxiliados pela leitura labial e o uso de aparelhos ou implantes auditivos.
Veja mais:
surdo
sinalizante: pessoas com perda auditiva que
utilizam a língua de sinais (Libras) como forma principal de comunicação. Podem
ou não utilizar aparelhos ou implantes auditivos. Sinônimo de Surdo.
surdo-mudo: usar
este termo para deficientes auditivos em geral é errado e ofensivo. É uma forma
antiga de se referir aos surdos, mas que já caiu em desuso e hoje em dia, gera
desconforto da grande maioria dos surdos. Pouquíssimas pessoas que tem perda
auditiva também são mudas, pois é raro que elas tenham algum problema nas
cordas vocais.
mudo: apesar
de menos comum, há pessoas que possuem incapacidade de falar, devido
a problemas nas suas cordas vocais, afasia por sequela de AVC, ausência de
língua ou mandíbula, entre outros fatores.
surdocego: pessoas
com deficiência auditiva e visual concomitantes. Embora aparentemente seja a
soma de duas deficiências (auditiva e visual), a OMS reconhece a surdocegueira
como uma deficiência única. Sua comunicação pode ser oral ou através da língua
de sinais tátil ou pelo método Tadoma. Helen
Keller foi a mais famosa ativista e personalidade surdocega.
implantado: são
pessoas que utilizam algum implante auditivo para recuperar parte da audição.
Pode ser um implante coclear, implante de condução óssea (como o Baha) ou
implante de tronco encefálico.
bilateral/unilateral: normalmente
utilizado para identificar pessoas com implante em ambos os ouvidos ou em
apenas um ouvido, respectivamente.
pré-lingual,
peri-lingual ou pós-lingual: termos utilizados
para identificar a época que a pessoa teve a perda auditiva com relação ao
estágio da aquisição da linguagem. Significam respectivamente: antes, durante
ou depois do desenvolvimento da linguagem e da fala.
Além
dos termos específicos para pessoas com deficiência auditiva, também existem os
termos para se referir a todas as pessoas que possuem deficiência:
deficiente:
termo
genérico utilizado para determinar qualquer pessoa com deficiência. Hoje em
dia, é um termo considerado “errado”, pois deficiência é uma condição que a
pessoa tem, mas não algo que ela é como um todo.
Pessoa
Portadora de Deficiência (PPD): este termo foi
utilizado oficialmente na legislação brasileira quando se falava de pessoas com
deficiência até a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU.
Desde 2010, existe uma portaria que diz que onde lemos “Pessoa Portadora de
Deficiência” deve-se ler “Pessoa com Deficiência”.
Pessoa
com Deficiência (PCD): termo mais correto e oficialmente
reconhecido para referir-se a pessoas que possuem deficiência física, auditiva,
visual, intelectual ou múltipla (duas ou mais deficiências). O termo foi
considerado o mais adequado, porque destaca o sujeito antes da condição.
Pode-se mudar conforme o discurso pessoa/ moça/ criança/ profissional com
deficiência/surdez/ nanismo, etc.
Pessoa
com Necessidades Especiais (PNE): utilizado para um
grupo que inclui idosos, gestantes obesos, pessoas com deficiência e toda
pessoa que necessite de alguma adaptação ou tratamento específico para
determinada situação (estacionar o carro, esperar na fila, etc).
Pessoa
com deficiência sensorial: são as pessoas que possuem a
perda de algum sentido, principalmente a visão e audição.
Pessoa
com deficiência física: termo que deve utilizado
exclusivamente para pessoas que possuem limitações relacionadas aos aspectos
físico e motor, como ausência de membros, paralisias, nanismo, entre outras
causas. Muita gente usa este termo para se referir a toda e qualquer pessoa com
deficiência, o que é incorreto.
Pessoa
com deficiência múltipla: pessoas que possuem mais de
uma deficiência concomitante.
Deve-se
usar termos para deficiências específicas, como intelectual e psicossocial,
tomando o cuidado de aplicá-las no contexto correto.
Existem
ainda termos que caíram em desuso como inválido, incapaz ,excepcional ,aleijado
ou pessoas com problemas que não condiz
mais com a realidade das pessoas com deficiências.
Há
também os termos que tentam amenizar a deficiência, como mudinho ou surdinho,
que podem soar engraçadinhos quando temos intimidade com a pessoa e falamos com
tom de brincadeira entre amigos. Mas, não deve ser usado como uma forma aceitável
de referir-se a pessoas com deficiência auditiva de modo geral.
O termo normal para pessoas que não possuem
deficiência também não é certo, já que o contrário de normal é “anormal” e ter
uma deficiência não significa anormalidade.
Doente
mental (quando se referir a uma pessoa com deficiência intelectual)
Termo correto: pessoa com deficiência intelectual (esta deficiência ainda é conhecida
como deficiência mental).A poliomielite já ocorreu nesta pessoa .Enquanto a pessoa estiver viva, ela tem sequela
de poliomielite. A palavra vítima provoca sentimento de piedade. FRASES
CORRETAS: “ela teve [flexão no passado] paralisia infantil” e/ou “ela tem
[flexão no presente] sequela de paralisia infantil”.
“ela teve paralisia cerebral” (quando se referir a uma pessoa viva no presente)
A
paralisia cerebral permanece com a pessoa por toda a vida. FRASE CORRETA: “ela
tem paralisia cerebral”. A paralisia Cerebral não é uma doença e sim uma
condição;
Hanseníase;
pessoa com hanseníase; doente de hanseníase. Prefira o termo às pessoas com
hanseníase ao termo os hansenianos. A lei federal nº 9.010, de 29/3/95, proíbe
a utilização da palavra lepra e seus derivados, na linguagem empregada nos
documentos oficiais.
A
pessoa com epilepsia, a pessoa que tem epilepsia. Procure evitar “o epilético”,
“a pessoa epilética”
A
lista não tem fim, então irei deixar o
link onde me baseei para descrever um
pouco do que aprendi.
Fonte:
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