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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Como usar a terminologia Correta

Caros Leitores

   
Vocês sabem como deve se dirigir a uma pessoa com deficiência?
Por aqui vocês já podem perceber como eu escrevi: Pessoas com Deficiência. Estes e outros termos mudaram para que possamos nos dirigir da melhor  maneira  possível e não  soar  como pejorativo  a maneira como nos referirmos e dirigirmos  ao falar ou chamar com uma pessoa com deficiência.
Para começar não  devemos  mais chamar pessoas portadoras de deficiência e sim Pessoas  com deficiência. O tema “portador” acaba dando significado ao indivíduo  como se  a  deficiência  fosse sua “marca” e  isso  fortalece sua discriminação e também o termo “necessidades especiais “também se torna impróprio, pois  todos têm  necessidades especiais, tendo ou não alguma deficiência.
Sendo assim, no dia 6 de julho de 2015 foi instituída a lei nº13.146,vista como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa  com Deficiência, também conhecida  por Estatuto da Pessoa  com Deficiência ,reconhecida  por ter substituído a expressão “portador de deficiência “por uma terminologia mais  humanista.
A seguir vou listar a terminologia correta para conhecerem mais e saberem se dirigir.
  Surdo: alguém que tem perda total da audição.
Surdo (com a primeira letra em maiúscula): utiliza-se dessa forma ao se referir a alguém com perda auditiva que faz parte da Comunidade Surda e utiliza a língua de sinais como sua língua-mãe.
Deficiente auditivo: usado para qualquer pessoa com perda auditiva, mas mais comum utilizar este termo para quem tem algum resíduo auditivo ou que ouve alguma coisa através de aparelhos ou implantes auditivos. Embora o termo deficiente, como sujeito, deva ser preferencialmente substituído por “pessoa com deficiência auditiva”.
Ouvinte: Para pessoas que não tem nenhuma perda auditiva e não precisam de aparelhos para ouvir, ou seja, mesmo se uma pessoa com perda auditiva volte a escutar, ela não pode ser considerada um ouvinte.
Surdo oralizado/surdo usuário da língua portuguesa:  pessoas com perda auditiva que utilizam a voz como principal forma de comunicação e podem ser auxiliados pela leitura labial e o uso de aparelhos ou implantes auditivos.
Veja mais:
surdo sinalizante: pessoas com perda auditiva que utilizam a língua de sinais (Libras) como forma principal de comunicação. Podem ou não utilizar aparelhos ou implantes auditivos. Sinônimo de Surdo.
surdo-mudo: usar este termo para deficientes auditivos em geral é errado e ofensivo. É uma forma antiga de se referir aos surdos, mas que já caiu em desuso e hoje em dia, gera desconforto da grande maioria dos surdos. Pouquíssimas pessoas que tem perda auditiva também são mudas, pois é raro que elas tenham algum problema nas cordas vocais.
mudo: apesar de menos comum, há pessoas que possuem incapacidade de falar, devido a problemas nas suas cordas vocais, afasia por sequela de AVC, ausência de língua ou mandíbula, entre outros fatores.
surdocego: pessoas com deficiência auditiva e visual concomitantes. Embora aparentemente seja a soma de duas deficiências (auditiva e visual), a OMS reconhece a surdocegueira como uma deficiência única. Sua comunicação pode ser oral ou através da língua de sinais tátil ou pelo método Tadoma. Helen Keller foi a mais famosa ativista e personalidade surdocega.
implantado: são pessoas que utilizam algum implante auditivo para recuperar parte da audição. Pode ser um implante coclear, implante de condução óssea (como o Baha) ou implante de tronco encefálico.
bilateral/unilateral: normalmente utilizado para identificar pessoas com implante em ambos os ouvidos ou em apenas um ouvido, respectivamente.
pré-lingual, peri-lingual ou pós-lingual: termos utilizados para identificar a época que a pessoa teve a perda auditiva com relação ao estágio da aquisição da linguagem. Significam respectivamente: antes, durante ou depois do desenvolvimento da linguagem e da fala.
Além dos termos específicos para pessoas com deficiência auditiva, também existem os termos para se referir a todas as pessoas que possuem deficiência:
deficiente:  termo genérico utilizado para determinar qualquer pessoa com deficiência. Hoje em dia, é um termo considerado “errado”, pois deficiência é uma condição que a pessoa tem, mas não algo que ela é como um todo.
Pessoa Portadora de Deficiência (PPD): este termo foi utilizado oficialmente na legislação brasileira quando se falava de pessoas com deficiência até a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU. Desde 2010, existe uma portaria que diz que onde lemos “Pessoa Portadora de Deficiência” deve-se ler “Pessoa com Deficiência”.
Pessoa com Deficiência (PCD): termo mais correto e oficialmente reconhecido para referir-se a pessoas que possuem deficiência física, auditiva, visual, intelectual ou múltipla (duas ou mais deficiências). O termo foi considerado o mais adequado, porque destaca o sujeito antes da condição. Pode-se mudar conforme o discurso pessoa/ moça/ criança/ profissional com deficiência/surdez/ nanismo, etc.
Pessoa com Necessidades Especiais (PNE): utilizado para um grupo que inclui idosos, gestantes obesos, pessoas com deficiência e toda pessoa que necessite de alguma adaptação ou tratamento específico para determinada situação (estacionar o carro, esperar na fila, etc).
Pessoa com deficiência sensorial: são as pessoas que possuem a perda de algum sentido, principalmente a visão e audição.
Pessoa com deficiência física: termo que deve utilizado exclusivamente para pessoas que possuem limitações relacionadas aos aspectos físico e motor, como ausência de membros, paralisias, nanismo, entre outras causas. Muita gente usa este termo para se referir a toda e qualquer pessoa com deficiência, o que é incorreto.
Pessoa com deficiência múltipla: pessoas que possuem mais de uma deficiência concomitante.
Deve-se usar termos para deficiências específicas, como intelectual e psicossocial, tomando o cuidado de aplicá-las no contexto correto.
Existem ainda termos que caíram em desuso como inválido, incapaz ,excepcional ,aleijado ou pessoas com problemas que não condiz  mais com a realidade das pessoas com deficiências.
Há também os termos que tentam amenizar a deficiência, como mudinho ou surdinho, que podem soar engraçadinhos quando temos intimidade com a pessoa e falamos com tom de brincadeira entre amigos. Mas, não deve ser usado como uma forma aceitável de referir-se a pessoas com deficiência auditiva de modo geral.
 O termo normal para pessoas que não possuem deficiência também não é certo, já que o contrário de normal é “anormal” e ter uma deficiência não significa  anormalidade.
Doente mental (quando se referir a uma pessoa com deficiência intelectual)
Termo correto: pessoa com deficiência intelectual (esta deficiência ainda é conhecida como deficiência mental).A poliomielite já ocorreu nesta pessoa  .Enquanto a pessoa estiver viva, ela tem sequela de poliomielite. A palavra vítima provoca sentimento de piedade. FRASES CORRETAS: “ela teve [flexão no passado] paralisia infantil” e/ou “ela tem [flexão no presente] sequela de paralisia infantil”.
 “ela teve paralisia cerebral” (quando se referir a uma pessoa viva no presente)
A paralisia cerebral permanece com a pessoa por toda a vida. FRASE CORRETA: “ela tem paralisia cerebral”. A paralisia Cerebral não é uma doença e sim uma condição;
Hanseníase; pessoa com hanseníase; doente de hanseníase. Prefira o termo às pessoas com hanseníase ao termo os hansenianos. A lei federal nº 9.010, de 29/3/95, proíbe a utilização da palavra lepra e seus derivados, na linguagem empregada nos documentos oficiais.
A pessoa com epilepsia, a pessoa que tem epilepsia. Procure evitar “o epilético”, “a pessoa epilética” 
A lista não tem fim, então irei deixar  o link onde me baseei  para descrever  um pouco  do que aprendi.

Fonte:

                
Resultado de imagem para terminologia para se dirigir á uma pessoa com diferentes tipos de deficiência






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