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sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

CAPACITISMO E NEURODIVERSIDADE

 


CAPACITISMO E NEURODIVERSIDADE

Por: Fabiane Rocha

 

       Capacitismo é toda e qualquer humilhação e segregação investida contra as pessoas com deficiência e neurodivergentes. Esses grupos têm o estigma de serem vítimas de abordagens negativas como xingamentos e expostas a constrangimentos ofensivos e humilhantes desnecessários como inválido, incapaz, louco, doido, aleijado, e muitos outros utilizados.

    Em inglês (Ableism), o termo é usado como um modo de discriminação e de preconceitos para com as pessoas com deficiência, consideradas inferiores se comparadas àquelas que não possuem deficiências. O termo aproxima-se de outros como racismo (discriminação pela cor da pele), escolhidos para caracterizar e segregar pessoas como foi feito no Regime Nazista e no movimento de eugenia do início do século XX.

   Existem muitas maneiras de ser complacentes com estas ideias, como por exemplo a segregação em instituições, a falta de acessibilidade, de sinalização para cegos, de interprete de libras, de acomodações adequadas para sanitários, o não convite para festas, a criação de personagens de histórias, filmes e vídeos e mídias em geral, tratar a pessoa como se ela fosse uma criança quando ela é um adulto, fazer perguntas invasivas, comparar, acusar dentre outras.

 Estas micro agressões, se sentidas diariamente pelas pessoas, acarreta em depressão e estimula o pensamento negativo, o isolamento, e reduz a coragem do indivíduo. Todos precisam de conforto, palavras de estímulo para viver, e nunca se saber o que realmente alguém necessita. Por isso, é preciso conversar, ajudar nas decisões, e aprender sempre com o outro. Lidar com as resistências, mudanças de comportamento

Segundo a socióloga australiana Judy Singer (1990), em sua tese de doutorado, a qual posteriormente se transformou no livro Neurodiversity; the birth of na idea, o desenvolvimento neurológico que é considerado atípico é o neurodivergente, o qual não segue os padrões de normalidade aceitos pela sociedade. Uma vez que seja aceita esta ideia, a diversidade neurológica humana seria parte constitutiva da espécie da organização social, em vez de ser um elemento para desqualificar pessoas. Ela introduz um novo paradigma para a perspectiva dos direitos das pessoas com deficiência.

A neurodiversidade é um conceito que afirma ter diferentes maneiras de encarar o desenvolvimento neurológico. Ela deveria ser respeitada como uma categoria social, embora seja bem complexo destruir conceitos solidificados. Segundo seus defensores, a pressuposição da existência de um padrão de normalidade neurológica afasta os grupos divergentes, por meio da opressão, dos grupos neuro-tipos “normais”. O grupo de autistas, bem como as pessoas com déficit de atenção, transtornos de humor, dislexia, hiperatividade não possuem poder, representatividade e acesso social.

Habilidades e necessidades podem definir perfis diversos. Há autores que questionam esta abordagem focada no aspecto da normalidade, porque ela não contempla grupos de pessoas que enfrentam casos clínicos mais complexos. Além disso, existem atitudes estereotipadas de discriminação, marginalização e invisibilidade. Os preconceitos contra as pessoas com deficiência nascem nos padrões de normalidade do corpo, e a intolerância para com a diversidade corporal. Existe o termo “corpornormatividade”, que exprime esta noção da confecção de modelos.

No decreto federal brasileiro, nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, que promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, admite-se que há diferença entre as pessoas, as quais precisam ser aceitas, pois a deficiência faz parte da diversidade humana e da humanidade. Todos podem conviver juntos na sociedade, sem menosprezar ou supervalorizar pessoas. A capacidade de se fazer coisas segue ritmos e modos diversos, e as pessoas podem promover a capacitação neural afastando-se do capacitismo.

Referências

Singer, J. (2016). NeuroDiversity: the birth of an idea. Disponível em: <https://www.amazon.com/NeuroDiversity-Birth-Idea-Judy-Singer-ebook/dp/B01HY0QTEE/ref=sr_1_1?s=fiona-hardware&ie=UTF8&qid=1469407620&sr=8-1&keywords=judy+singer+neurodiversity#navbar>.



domingo, 13 de dezembro de 2020

MINHA NECESSIDADE DE AJUDA NÃO RETIRA MEU VALOR





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“Independência é o controle que a pessoa tem sobre a própria vida. É evidente que esse controle não é muscular... Dessa forma, ser independente é ser capaz de gerenciar a própria vida, mesmo que para executar uma ou outra tarefa seja necessário recorrer a uma outra pessoa, ou a um equipamento. Os músculos e a força física podem ser de um outro, mas as decisões, as escolhas e o comando da própria vida são prerrogativas restritas à pessoa”.

(Ray Pereira - Psicólogo)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

https://educacao.uol.com.br/noticias/2020/12/01/toffoli-suspende-decreto-que-incentiva-separacao-de-alunos-com-deficiencia.htm

https://educacao.uol.com.br/noticias/2020/12/01/toffoli-suspende-decreto-que-incentiva-separacao-de-alunos-com-deficiencia






Toffoli suspende decreto que incentiva separação de alunos com deficiência O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Dias Toffoli, durante sessão plenária em 5 de agosto de 2020 Imagem: Nelson Jr./SCO/STF Do UOL, em São Paulo e em Brasília 01/12/2020 19h57 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli suspendeu hoje o decreto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que incentiva a separação de alunos com deficiência no sistema educacional. Agora, a decisão individual de Toffoli deve ser submetida ao plenário no próximo dia 11 de dezembro. A ação foi movida pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro). A chamada Política Nacional de Educação Especial (P... - Veja mais em https://educacao.uol.com.br/noticias/2020/12/01/toffoli-suspende-decreto-que-incentiva-separacao-de-alunos-com-deficiencia.htm?cmpid=copiaecola