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quarta-feira, 9 de abril de 2014

A PARALISIA CEREBRAL NÃO É DOENÇA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Há quem pense que Paralisia Cerebral é uma doença, mas engana-se, Paralisia Cerebral é uma condição especial.

Paralisia Cerebral é uma deficiência motora  ocasionada por uma lesão no cérebro. Quando se diz que  que uma criança tem Paralisia Cerebral significa que existe um déficit motor consequente da lesão no  cérebro, quando este  ainda não estava  completamente  bem desenvolvido. Não  significa que o cérebro  ficou paralisado ,o que  acontece é que ele não comanda corretamente os movimentos do corpo. Não envia ordens adequadas  para os músculos, por conta da lesão sofrida.
A Paralisia Cerebral também conhecida  como Anóxia neonatal ocorre, antes, durante ou logo após o parto e quase sempre é resultado da falta de oxigenação do cérebro.
Na criança com Paralisia cerebral pode se perceber como dificuldades típicas as seguintes caraterísticas :
·         Alteração no desenvolvimento  motor ao andar ;
·         Usar as mãos para comer;
·         Ao escrever;
·         Ao se equilibrar, ao falar, ao olhar.
·         Ou qualquer outra atividade que exija controle do corpo e coordenação motora adequada, assim como comprometimentos das funções neurovegetativas (sucção, mastigação e deglutição)
·         Dificuldades sensoriais e intelectuais,
·         Dificuldades para ver e ouvir, perceber as formas e texturas dos objetos com as mãos.
·         Afeta a noção de distância, direita e esquerda e de espaço.
 Existem algumas classificações por tipo clínico para entender melhor como cada criança  se apresenta:
Esta classificação tenta especificar o tipo da alteração de movimento que a criança apresenta:
1 - Espástica: Os músculos são muitos tensos, o que limita ou impossibilita os movimentos do corpo. A criança espástica é dura demais para mover-se, todo movimento é lento e exige um grande esforço. É o tipo mais comum de paralisia cerebral;
2 - Extrapiramidal: A lesão ocorreu em uma região do cérebro chamada núcleos da base. Os músculos possuem um grau de tensão variável, o que resulta em uma realização de movimentos indesejáveis, involuntários. É o segundo tipo mais comum de paralisia cerebral e pode ser dividido em:
2.1 - Atetóide: Há variação no grau de tensão dos músculos das extremidades do corpo (em relação aos braços, essa variação ocorre nas mãos), levando à realização de movimentos lentos, contínuos e indesejáveis, que são muito difíceis de dosar e controlar. A criança atetóide tem grande dificuldade de realizar o movimento voluntário e manter a mesma postura por muito tempo;
2.2 - Coréico: Há variação no grau de tensão dos músculos das raízes dos membros (em relação ao braço, esta variação ocorre nos ombros), levando à realização de movimentos rápidos e indesejáveis. A criança coréica pode ter dificuldade para realizar o movimento voluntário;
2.3 - Distônico: Há um aumento repentino da tensão do músculo, levando à fixação temporária de um segmento do corpo em uma postura extrema;
3 - Atáxico: A lesão ocorreu em uma região do cérebro chamada cerebelo, responsável, entre outras coisas, pelo equilíbrio. Os movimentos são incoordenados e bruscos. Pode haver a presença de um certo tremor. A criança atáxica tem dificuldade em manter uma postura parada. É um tipo raro  de paralisia cerebral.
Cabe ressaltar que é muito comum haver uma combinação desses tipos de paralisia cerebral apresentados, caracterizando o que alguns autores chamam de paralisia cerebral mista.
Dependendo da localização do corpo que foi afetada, os tipos abaixo apresentam subdivisões que poderíamos chamar de anatômicas:
A classificação por severidade do comprometimento motor, isto é, leve, moderado e severo ou grave, é geralmente usada em combinação com a classificação anatômica e a clínica: por exemplo, hemiparesia espástica grave (SOUZA & FERRARETTO, 1998).
2.2 Perfil da criança paralisada cerebral em relação ao processo de desenvolvimento
O desenvolvimento global de uma criança acometida por lesões cerebrais será mais lento em todos os aspectos.
Quando imaginamos o “fazer” da criança, logo pensamos no seu brincar. O brincar é o meio pelo qual a criança constrói, executa, aprende. A criança com paralisia cerebral, como consequência da sua incapacidade de movimentar-se, de explorar o ambiente etc. terá muita dificuldade para esse brincar, sendo assim, seu construir, executar, aprender ficam prejudicados. Segundo Piaget, nossa capacidade de explorar fisicamente os objetos faz com que classifiquemos e estabeleçamos uma ordem entre eles.
Devemos então propiciar os momentos do brincar tornando-o facilitador para essas crianças, interagindo com elas como sendo parte ou extensão do seu próprio corpo. 
O importante é estimular sempre em tudo?Não fazer por ela e sim com ela.
No próximo tópico vou falar sobre a Estimulação Essencial e como funciona, aguardem.
Até a Próxima...


 BRAGA, L.W. Cognição e paralisia cerebral - Piaget e Vygotsky em questão. Salvador: SarahLetras, 1995
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