Ainda persiste a crença
de que os profissionais com deficiência são pouco ou menos qualificados do que
os profissionais sem deficiência.
De acordo com a opinião
dos profissionais de RH coletadas na terceira edição da pesquisa “Profissionais
de Recursos Humanos – Expectativas e percepções sobre a inclusão de
pessoas com deficiência no mercado de trabalho”, realizada pela
i.Social em 2016, 59% dos entrevistados possuem percepção negativa sobre a
qualificação dos profissionais com deficiência.
Entretanto, quando
avaliamos o grau de qualificação dos candidatos com deficiência que pertencem
ao banco de currículos da i.Social, é perceptível o crescimento de PCD’s com
grau de escolaridade cada vez mais avançado. Dos cerca de 100.000 candidatos
cadastrados, 71% possuem grau de formação superior (incompleto, cursando ou
concluído) chegando até pós-graduação e doutorado.
Apesar disso, as
pessoas com deficiência ainda encontram problemas na busca por uma vaga de
emprego já que muitas pessoas qualificadas não encontram oportunidades
compatíveis com seu nível de qualificação. A grande parte das empresas oferece
vagas muito abaixo da qualificação dos candidatos. Muitas vezes
um candidato que possui um ensino superior e até mesmo uma pós-graduação,
acaba aceitando um cargo muito inferior ao que deveria realmente ocupar pelo
fato de precisar trabalhar.
Pessoas com deficiência
qualificadas X oportunidades de trabalho
Tendo em vista estes
últimos dados, comparando com o crescimento de profissionais com deficiência
cada vez mais qualificados com cursos superiores e afins, podemos perceber que
ainda há um entrave grande entre os contratantes e os que estão em busca de
trabalho. Enquanto as empresas afirmam que faltam profissionais capacitados
para ocupar cargos nas mesmas, os profissionais ressaltam que não há oportunidades
adequadas ou o empenho de fazer com que as vagas sejam melhoradas.
Isso reflete
diretamente na possibilidade desses profissionais crescerem nas empresas quando
são contratados. E um dos itens mais atrativos para PcD’s na busca por uma
oportunidade no mercado de trabalho é justamente um plano de carreira, como
podemos observar abaixo. Separado do indicador “pacote de benefícios”, sozinho,
o plano de carreira aparece como um dos indicadores de acentuada percepção
entre os entrevistados da pesquisa realizada pela i.Social.
A capacitação é um dos
fatores fundamentais para a inclusão de profissionais com deficiência no
mercado de trabalho, mas para que um PcD não corra o risco de ocupar uma vaga
que não leve em consideração sua qualificação e, consequentemente, não te
proporcione um plano de carreira na empresa (como também já vimos em os principiais desafios para melhorar a empregabilidade das
pessoas com deficiência), o ideal é que o recrutador procure por candidatos
para a vaga de acordo com suas competências e somente depois considere a
deficiência e as mudanças necessárias para incluir o profissional selecionado
em seu quadro de colaboradores.
Com a empresa se
organizando e se empenhando em procurar candidatos de acordo com as vagas
oferecidas e mantendo a pessoa com deficiência exercendo a função após a
contratação para que não haja a desmotivação e o preconceito em torno da sua
capacidade, a inclusão tornará toda a empresa mais produtiva com funcionários
mais motivados e com um ambiente mais humanizado, permitindo o crescimento
pessoal e profissional de todos.
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