
Meu nome é Faby Rocha , criei este blog para as pessoas se conscientizarem de que o Preconceito não leva lugar nenhum , não há o que cure a ferida do preconceito .Escrever e orientar as pessoas quanto ao preconceito,discriminação entendo como uma missão de Deus . Pretendo mostrar as mudanças que estão ocorrendo no mundo a favor às pessoas com deficiência, e nossas conquistas ,sabemos que ainda falta muito ,mas é aos pouco que vai dando certo,não desistir e sim Resistir
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domingo, 22 de novembro de 2020
sexta-feira, 20 de novembro de 2020
terça-feira, 17 de novembro de 2020
RETROCESSO
RETROCESSO
Por
Fabiane Rocha
Infelizmente, este ano sofremos
um retrocesso nas leis de inclusão em relação
a inclusão das pessoas com deficiência nas escolas de ensino regular ,ou
seja ,o Presidente Bolsonaro ,no dia 01
de outubro do corrente ano assinou o decreto
que incentiva que tenha salas
especiais para crianças com atrasos de desenvolvimento ,autismo e habilidades especiais (antigo termo
usado para superdotado) .
De acordo com a lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência(LBI), Lei nº13.146,de
6 de julho de 2015. Art.27 .A educação
constitui direito da pessoa com deficiência ,assegurando sistema educacional
inclusivo em todos níveis e aprendizado ao longo de toda vida de forma
a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades
físicas, sensoriais, intelectuais e
sociais ,seguindo suas características ,interesses e necessidades de aprendizagem.
Parágrafo
único: É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade
assegurar a educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a salvo de
toda forma de violência, negligência e discriminação.
Mas, infelizmente esta
lei não é e nunca foi respeitada, existe apenas no papel, ainda não existe o
preparo suficiente dos professores e a
motivação em se preparar para receber os
alunos com deficiências por conta da falta de recursos e de baixo salários ,em razão disso os pais
se veem obrigados a recorrer a justiça em busca de monitores de sala
para os seus filhos o que ainda
salvava a inclusão meia boca .
Há muitos anos fui vítima
da exclusão e do capacitismo, em 1989 uma escola particular em campo Grande convidou
meus pais a me matricularem em uma escola especial, mas não aceitaram e eu
continuei a estudar em escola de ensino regular, mas em outra escola onde
sempre fui aceita e nunca me trataram diferente e na escola especial, só ia
regredir.
Formei-me no magistério ,convicta
que faria Psicologia para defender àqueles que não tiveram a mesma oportunidade
e continuo defendendo mesmo que indiretamente como influenciadora digital
batalhando ,vejo como uma missão que me foi incumbida por Deus, teve mais
certeza ainda na faculdade, trabalhei em uma instituição para pessoas com deficiência
em que só confirmei a minha missão, mas ainda assim sofri muitos preconceitos, mas
ainda acreditando que a inclusão é o melhor caminho para se desenvolver, onde
todos aprendem com a diversidade e inclusão.
Na verdade, a exclusão
sempre existiu para nós, o que fizeram foi só bater o martelo confirmando o
retrocesso, o que não podemos é baixar a
cabeça e aceitar isso como derrota e sim nos fortalecer cada vez mais e mostrar que não nos damos por vencidos.
“Quando se quer dá um jeito, quando não se dá uma desculpa”. (anônimo)
“Todo ser Humano é capaz
de se desenvolver até que seu limite prove o contrário”
Fabiane Rocha
BRASIL, 2015, Lei n.
13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm;
acesso em: 23//10/2020
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
domingo, 15 de novembro de 2020
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
quarta-feira, 4 de novembro de 2020
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
BULLYING X SURDEZ
Bullying é um assunto complexo e cheio de nuances. Quando envolve surdez, ele invariavelmente carrega junto bastante falta de respeito. Quando temos uma deficiência, demoramos muito tempo até aprender o que é desrespeito, o que é ofensa, o que não é e como devemos nos posicionar em cada situação.
Já ouvi muita piada na vida sobre a minha surdez, e aposto que vocês também. Quem nunca teve que ouvir coisas como “Surdo que nem Fulano (você)”, “O(a) surdinho(a)”, “Tem audição seletiva”, “Só ouve o que quer”, “Desligou o aparelho pra não ouvir isso” que atire a primeira pedra…
BULLYING X SURDEZ
Sou uma pessoa muito bem resolvida com o assunto surdez, mas é claro que tem um LIMITE. O meu é simples: se você não tem intimidade comigo, se não frequenta a minha casa e não está no meu círculo de amigos, você NÃO TEM direito algum a fazer QUALQUER tipo de piada sobre a minha surdez.
Com a minha família e meus amigos próximos, meu nível de tolerância é bem alto. Se uma amiga me diz “Que inveja que você pode desligar seus implantes!” ou algo assim é lógico que vou rir junto. Agora, se alguém que vi duas vezes na vida falar qualquer coisa metida a engraçada ou grosseira sobre minha deficiência auditiva na minha frente, só lamento. Quem fala o que quer, ouve o que não quer. 🙂
SABE O QUE É PIOR?
As pessoas fazem gracinha e na maioria das vezes acham que estão sendo super divertidas ao fazer isso. De onde elas tiram essa liberdade é que eu gostaria de saber. Pra cima de mim, não!
Há pouco tempo atrás alguém com quem tenho intimidade zero deu a entender que eu deveria ir a um local extremamente barulhento e chato ao qual ninguém queria ir porque ‘eu poderia desligar os meus implantes‘ em tom irônico e rindo. Na hora eu dei um sorriso amarelo por falta de alternativa, mas ao chegar em casa não consegui parar de pensar: “quem diabos essa criatura pensou que era pra me dizer algo assim?”
Já que para gente sem noção nós precisamos desenhar a ofensa, vamos lá: dizer para alguém que não ouve para ir a um local barulhento porque não vai ouvir nada é o mesmo que mandar um cadeirante para uma fila de cem pessoas porque ele vai ficar sentado e não vai cansar. Alguém avisa…
O QUE A SURDEZ ENSINA?
A surdez nos ensina que ou você aprende a rir de si mesmo, ou vai chorar muito. E a minha surdez me ensinou uma lição importante: EU escolho com quem quero rir a respeito das situações tragicômicas que ela me traz.
Não faça piada da minha surdez pelo simples fato de que você não sabe o que é ser surdo. Você não sabe tudo o que eu precisei passar ao longo de 35 anos para conseguir rir da minha situação. Você não sabe quantas vezes eu chorei muito sozinha após ouvir piadas e gracinhas relacionadas à deficiência auditiva. Você não sabe o quanto dói ser sempre a pessoa diferente. A pessoa que não ouve, ou que ouve mal, ou que ouve e não entende. Você nada sabe das minhas dores, dos meus traumas e das lágrimas derramadas em função da surdez.
E se você sabe algo sobre a minha trajetória, sobre a estrada percorrida para chegar num patamar de conforto emocional em ter uma deficiência, você terá a sensibilidade necessária para não rir, mesmo que com boa intenção, de algo que é um fardo pesado de carregar.
Tem uma frase da Elis Regina que eu adoro: “Só vai tomar champanhe comigo quem comeu grama comigo“. Dá para adaptar para esse caso, não? Só vai rir comigo das tragicomédias da minha surdez quem viveu pelo menos algumas delas comigo.
UM PEDIDO ENCARECIDO
Não faça piada da minha surdez, porque não tem graça nenhuma. Obrigada! 🙂