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domingo, 16 de agosto de 2020

O QUE VEM A SER BIOCÍDIO?

 

O QUE VEM A SER BIOCÍDIO?

Por Fabiane Rocha

Conforme o jornalista Jairo Marques, o professor Mário Sérgio Cortella já escreveu mais de 40 livros sobre a valorização da vida, a ética e as diferenças entre as pessoas. Agora que estamos em tempos de pandemia, ele lançou, no primeiro semestre de 2020, o livro intitulado Diversidade: aprendendo a ser humano. Eu recomendo a leitura desta obra pela importância das novas sensações e significados que estamos vivenciando confinados em nossas casas e em nossos espaços de trabalho. Instalou-se nas pessoas o medo do outro, como aquele que pode nos transmitir um vírus mortal. Isto reduziu nossos relacionamentos presenciais e aumentou o contato assíncrono.

Cortella diz que o maior perigo no momento é pensarmos “que não existe perigo”. Sim, existe todos os tipos de perigo. Filósofo, escritor, político, professor e palestrante, ele fala sobre a violência humana, assassinatos e destruição do ambiente onde vivemos. Estes fatos acentuaram-se com a chegada do coronavírus. Precisamos aprender novamente a nos relacionarmos, e assim, construir a vida coletiva.

Ele usa o termo Biocídio, que eu desconhecia, e que gostaria de falar sobre ele para meu grupo de pessoas do blog, meus colegas e amigos. Esta palavra significa primeiramente crime contra animais e está presente na Declaração Universal dos Direitos dos Animais de 1978. No artigo 11, está escrito: “O ato que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou seja, um crime contra a vida”. O Professor Cortella diz que o biocídio é um aniquilamento da vida em múltiplas manifestações. As pessoas também são vítimas da destruição da vida, e do Planeta, quer queiramos ou não. Nesta palavra fica evidente o significado do desprezo, da rejeição, e este está atrelado aos preconceitos, atos de violência e desrespeito pelo outro. Isto afeta a integridade psicológica e pode ser uma emoção letal. Por isso, é importante dedicar tempo para refletirmos até que ponto estamos cometendo pequenos biocídios no nosso cotidiano. Deste modo, seremos capazes de estar mais alerta e de nos motivar para trabalhar sobre nossa maturidade emocional em tempos de coronavírus.

Referências

CORTELLA, Mário Sérgio. A diversidade: aprendendo a ser humano. São Paulo: Littera, 2020.

<http://www.urca.br/ceua/arquivos/Os%20direitos%20dos%20animais%20UNESCO.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2020.

GEARINI, Victória. Obra de Mario Sergio Cortella revela os impactos da polarização e desinformação na era atual. Disponível em: < https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/diversidade-aprendendo-ser-humano.phtml>. Acesso em: 20 jul. 2020.

MARQUES, Jairo. O trauma da pandemia não vai nos redimir', diz filósofo Mario Sergio Cortella. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/04/o-trauma-da-pandemia-nao-vai-nos-redimir-diz-filosofo-mario-sergio-cortella.shtml>. Acesso em: 20 jul. 2020.

UNESCO. ONU. Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Bruxelas, Bélgica, 27 de janeiro de 1978. Disponível em:

 

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