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sábado, 30 de dezembro de 2017

Apesar de qualificadas, pessoas com deficiência ainda encontram dificuldades na busca por emprego


Ainda persiste a crença de que os profissionais com deficiência são pouco ou menos qualificados do que os profissionais sem deficiência.

De acordo com a opinião dos profissionais de RH coletadas na terceira edição da pesquisa Profissionais de Recursos Humanos – Expectativas e percepções sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, realizada pela i.Social em 2016, 59% dos entrevistados possuem percepção negativa sobre a qualificação dos profissionais com deficiência.


Entretanto, quando avaliamos o grau de qualificação dos candidatos com deficiência que pertencem ao banco de currículos da i.Social, é perceptível o crescimento de PCD’s com grau de escolaridade cada vez mais avançado. Dos cerca de 100.000 candidatos cadastrados, 71% possuem grau de formação superior (incompleto, cursando ou concluído) chegando até pós-graduação e doutorado.
Apesar disso, as pessoas com deficiência ainda encontram problemas na busca por uma vaga de emprego já que muitas pessoas qualificadas não encontram oportunidades compatíveis com seu nível de qualificação. A grande parte das empresas oferece vagas muito abaixo da qualificação dos candidatos. Muitas vezes um candidato que possui um ensino superior e até mesmo uma pós-graduação, acaba aceitando um cargo muito inferior ao que deveria realmente ocupar pelo fato de precisar trabalhar.

Pessoas com deficiência qualificadas X oportunidades de trabalho
Tendo em vista estes últimos dados, comparando com o crescimento de profissionais com deficiência cada vez mais qualificados com cursos superiores e afins, podemos perceber que ainda há um entrave grande entre os contratantes e os que estão em busca de trabalho. Enquanto as empresas afirmam que faltam profissionais capacitados para ocupar cargos nas mesmas, os profissionais ressaltam que não há oportunidades adequadas ou o empenho de fazer com que as vagas sejam melhoradas.
Isso reflete diretamente na possibilidade desses profissionais crescerem nas empresas quando são contratados. E um dos itens mais atrativos para PcD’s na busca por uma oportunidade no mercado de trabalho é justamente um plano de carreira, como podemos observar abaixo. Separado do indicador “pacote de benefícios”, sozinho, o plano de carreira aparece como um dos indicadores de acentuada percepção entre os entrevistados da pesquisa realizada pela i.Social.

A capacitação é um dos fatores fundamentais para a inclusão de profissionais com deficiência no mercado de trabalho, mas para que um PcD não corra o risco de ocupar uma vaga que não leve em consideração sua qualificação e, consequentemente, não te proporcione um plano de carreira na empresa (como também já vimos em os principiais desafios para melhorar a empregabilidade das pessoas com deficiência), o ideal é que o recrutador procure por candidatos para a vaga de acordo com suas competências e somente depois considere a deficiência e as mudanças necessárias para incluir o profissional selecionado em seu quadro de colaboradores.
Com a empresa se organizando e se empenhando em procurar candidatos de acordo com as vagas oferecidas e mantendo a pessoa com deficiência exercendo a função após a contratação para que não haja a desmotivação e o preconceito em torno da sua capacidade, a inclusão tornará toda a empresa mais produtiva com funcionários mais motivados e com um ambiente mais humanizado, permitindo o crescimento pessoal e profissional de todos.


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